Psicodélico: Cannabis e as Religiões

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Cannabis e as Religiões



Referências à cannabis e ao seu consu­mo são aspectos fundamentais de muitas das grandes religiões do mundo. Por exemplo:

XINTOÍSMO (Japão) — A cannabis era usada para consolidar as relações no matrimônio e dele afastar os maus espí­ritos, acreditando-se que gerava riso e felicidade no casamento.

HINDUÍSMO (índia) — Diz-se que o deus Shiva "trouxe a cannabis dos Himalaias para alegrar e iluminar os homens". Os sacerdotes sadhu percorrem a Índia e o mundo partilhando cachimbos "chil-lum" enchidos com cannabis, por vezes misturada com outras substâncias. NoBhagavad-gita, Krishna afirma: "Eu sou a erva curativa" (Cap. 9:16), enquanto o Canto Quinto do Bhagarat-purana des­creve o haxixe em termos explicitamente sexuais.

BUDISMO (Tibete, índia e China) — Os budistas usaram ritualmente cannabis do século V a.C. em diante; ritos iniciáti­cos e experiências místicas com erva eram (são) comuns em muitas seitas bu­distas chinesas. Alguns budistas e lamas tibetanos consideram que a cannabis é a sua planta mais sagrada. Muitas tra­dições, escritos e crenças budistas in­dicam que o próprio "Sidarta" (o Buda) alimentou-se exclusivamente de semen­tes de cânhamo durante os seis anos ante­riores ao anúncio das suas verdades (as Quatro Nobres Verdades, o Caminho Óctuplo), quando se tornou o Buda.

Quanto aos ZOROASTRIANOS, ou Magos (Pérsia, circa séculos VIII-VII a.C. até séculos III-IV), muitos exegetas e comentadores cristãos acreditam que os três "Reis Magos", ou Sábios, que assisti­ram ao nascimento de Cristo eram refe­rências cúlticas aos zoroastrianos. A religião zoroastriana baseava-se (pelo menos superficialmente) no conjunto da planta de cânhamo, que era o principal sacramento religioso da classe sacerdotal e o seu mais importante medicamento (p. e., obstetrícia, ritos de incenso, óleos de ungir e crismar), bem como a princi­pal fonte de óleos de iluminação e óleos combustíveis do seu mundo secular. Considera-se geralmente que a palavra "mágico" deriva dos zoroastrianos — os "Magos".

Os ESSÊNIOS (antigo Israel) usavam o cânhamo medicinalmente, assim como osTERAPUTEUS (Egipto), dos quais deriva o termo "terapêutico" Alguns acadêmicos acreditam que ambos eram dis­cípulos dos sacerdotes/mágicos zoroas­trianos, ou pertenciam com eles a uma irmandade.

Os ANTIGOS JUDEUS: Como parte das cerimônias sagradas judaicas realizadas sexta-feira à noite no Templo de Salomão, entre 6o a 80.000 homens pas­savam em redor queimadores de incenso cheios de kanabosom (cannabis), inalan­do o seu fumo, antes de regressarem a casa para a principal refeição da semana (seria por causa dos munchiesl)

Os SUFIS DO ISLÃO (Médio Oriente) são sacerdotes "místicos" muçulmanos que pelo menos durante os últimos 1000 anos divulgaram, usaram e elogiaram a cannabis enquanto meio de obter a reve­lação divina, a iluminação e a unidade com Alá. Muitos acadêmicos, muçulma­nos ou não, acreditam que o misticismo dos sacerdotes sufi era de fato o dos zo­roastrianos que, tendo sobrevivido às conquistas muçulmanas dos séculos VII e VIII, converteram-se subsequente­mente ao Islão (muda de religião e aban­dona o álcool ou serás decapitado).

Algumas seitas de CRISTÃOS COPTAS (Egipto/Etiópia) acreditam que a sagrada "erva verde dos campos" referida na Bíblia ("Farei crescer para eles uma planta renomada; deixarão de ser consumidos pela fome e nunca mais terão de suportar os insultos dos idólatras" (Ezequiel 34:29) é a cannabis, e que os incensos secretos, os incensos doces e os óleos de ungir refe­ridos na Bíblia são feitos de cannabis.

Os BANTUS (África) tinham Cultos da Dagga* secretos, sociedades que restringiam o uso da cannabis aos regentes masculinos. Os pigmeus, zulus e hoten-totes consideravam todos que a cannabis era um medicamento indispensável para cãibras, epilepsia e gota, e como sacra­mento religioso.

*Estes cultos "Dagga" acreditavam que a Sagrada Cannabis fora trazida à terra pelos Deuses, sendo oriunda do sistema "Estrela Dois Cães", a que cha­mamos Sirius A e B. "Dagga" significa literalmente "cannabis". É interessante constatar que a palavra indo-europeia que veio a designar a planta tanto pode ler-se como "canna", cana, e "bi", dois, como "canna", de canino, e "bis", significando dois (bi) — "Dois Cães".

Os RASTAFARIANOS (Jamaica e ou­tras regiões) são uma seita religiosa contemporânea que usa a "ganja" como o seu sacramento sagrado para comunicar com Deus (Jah).



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