Psicodélico: Angico - Anadenanthera colubrina

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Angico - Anadenanthera colubrina


Angico - Anadenanthera Colubrina


Sinônimos populares: angico-amarelo, angico-brabo, angico-branco, angico-bravo, angico-castanho, angico-cedro, angico-de-caroço, angico-de­casca, angico-de-cortume, angico-do-banhado, angico-do-campo, angico­do-mato, angico-dos-montes, angico-fava, angico-jacaré, angico-mama-de­porco, angico-manso, angico-preto, angico-preto-rajado, angico-rajado, angico-rosa, angico-verdadeiro, angico-vermelho, brincos-de-sagüí, brincos-de-sauí, cambuí-ferro, curupaí, guarapiraca, guarucaia, paricá.

Nome botânico: Anadenanthera colubrina (Vell.) Brenan varo cebil (Griseb.) Altshul

Sinônimos botânicos: Acacia cebil Griseb.;Anadenanthera macrocarpa (Benth.) Brenan; Piptadenia macrocarpa Benth.; Piptadenia macrocarpa Benth. varo cebil (Griseb.) Chod. & Hass.

Família: Leguminosae

Subfamília: Mimosoideae

Descrição da planta: Árvore com copa espalhada com galhos arqueados deixando passar bastante luz, ocupando no geral apenas um quarto do total da altura da árvore. Nos solos férteis e profundos, tem caule ereto, porém nos solos de tabuleiro, nas ladeiras, tem caule tortuoso. Na caatinga, tem altura entre 3 a 15 m, em outros ecossistemas atinge 20 ou até 30 m com diâmetro (DAP) de até mais de um metro.A casca tem muitas variações, tanto na cor (clara, acinzentada, castanho­avermelhada, escura) como na textura (completamente coberta de acúleos, escura, profundamente gretada, áspera, apresentando arestas salientes; ou com poucos acúleos; ou lisa, totalmente desprovida de acúleos e com fissuras longitudinais pouco profundas.).Ao ser ferida, ela exsuda uma goma-resina amarelada a avermelhada. Os ramos novos podem apresentar acúleos. Folhas compostas bipinadas, com até 30 pares de pinas opostas, estas medindo 4-8 em; folíolos 50-60 pares, opostos, sésseis, em geral medindo 3-6 x 1-2 mm; pecíolo com glândula preta eliposóide, localizada junto à inserção e mais algumas menores entre os últimos pares de foliolos. Flores brancas ou amarelo­esverdeadas, pequeninas, dispostas em capítulos globosos axilares ou terminais, de 3-5 cm, com cheiro característico e suave. O fruto é uma vagem castanho-avermelhada, achatada, grande, de até 32 cm de comprimento, com superfície rugosa e dotada de pequenas excrescências e com bordos espessados e levemente constritos entre as sementes. Contém 8 a 15 sementes e se abre, de início, apenas por um dos lados. Sementes marrom-avermelhadas até escuras, brilhantes, com diâmetro entre 1 a 2 cm, achatadas. Raízes:A planta jovem forma tubérculos lenhosos pequenos na raiz principal, que é pivotante e acentuada em relação às laterais. Na planta adulta não se encontram mais tubérculos e as raízes superficiais são mais desenvolvidas. Madeira castanho-amarelada quando recém-cortada, passando a castanho­avermelhada e escurecendo para vermelho-queimado; apresenta abundantes veios ou manchas arroxeadas, que são mais destacadas quando recém-cortada e produzem um belo desenho na madeira. A superfície é pouco lustrosa e irregularmente áspera. A madeira é pesada (até mais de 1 g/cmj), compacta e rija, tem elasticidade baixa, grande durabilidade natural e alta resistência ao apodrecimento.AIburno bem distinto do cerne, amarelado, podendo exibir tonalidade rosada. Cheiro imperceptível e gosto ligeiramente adstringente.




Como reconhecer a planta: Pela casca característica, o porte ereto e a floração característica durante a estação seca. Não confundir com: Piptadenia peregrina - o "angico" da Amazônia, nem com Piptadenia colubrina - o "angico-branco" de Minas Gerais e Rio de Janeiro.


Ocorrência e amplitude ecológica: Ocorre em todas as regiões do Estado do Ceará, exceto nos tabuleiros da costa e na mata úmida das serras. É uma das espécies de mais ampla distribuição no espaço das caatingas, mas habita também as florestas decíduas altas, a Mata
Atlântica, o cerrado, o Pantanal Mato-Grossense (nas partes secas calcárias) e campos rupestres ou de altitude, ocorrendo desde o Maranhão até o norte da Argentina, Peru, Bolívia, Paraguai e de Minas Gerais até Mato Grosso. Entre os angicos brasileiros é o que tem a maior abrangência geográfica e o que prefere as matas mais secas.

Informações ecológicas: Planta decídua, heliófila, que tolera sombreamento leve na fase juvenil, pioneira ou secundária inicial, de rápido crescimento, que vegeta indiferentemente à sombra ou ao sol, em solos secos e úmidos, preferindo solos férteis e profundos, mas com grande adaptabilidade a diferentes tipos de solos; tolera solos rasos e compactados mas não gosta de solos inundados. Na região Nordeste, ocorre nos solos de origem sedimentar, principalmente areníticos, calcários e aluviais.A regeneração natural ocorre por sementes, apresentando também rebrotação de tocos. Tem produção anual de grande quantidade de sementes viáveis, que são dispersadas pela ação do peso ou por formigas. Apresenta reprodução vigorosa, rapidez na germinação, ausência de dormência nas sementes, alta germinabilidade em uma ampla faixa de temperatura, resistência das plântulas ao dessecamento pela presença de órgão de reserva de água e amido nas plantas estabelecidas. Tem crescimento rápido, mas não atinge grande
número de anos. A formiga da roça (saúva) sobe nos seus ramos mais altos para colher as flores.

Fenologia: Inicia a queda das folhas nos primeiros dias do período seco e reveste-se de folhas no final da estação seca/início da estação chuvosa. A floração ocorre na estação seca (setembro-novembro) com a árvore quase totalmente despida da folhagem. O início de floração e outros fenômenos do ciclo vital variam de planta para planta. Por isso, a época em que se pode achar indivíduos de angico em floração estende-se por vários meses.A frutificação tem lugar a partir do fim de novembro, seguida da maturação e dispersão gradativa das sementes. As vagens deiscentes permanecem presas à planta-mãe após a dispersão das sementes até o outro período de frutificação. O angico pode começar a florir e frutificar a partir de 3 anos de idade.

Propagação: Por sementes, estaquia e rebrotação do toco.


Obtenção de sementes: Colher os frutos diretamente da árvore quando iniciarem a abertura espontânea. Em seguida levá-los ao sol para completar a abertura e liberação das sementes. Um quilo contém entre 6.400 e 23.000 sementes. Devem ser usadas sementes frescas, pois o poder germinativo decresce rapidamente em condições naturais enquanto se armazenadas em câmara fria é mantido por mais de um ano. As sementes não apresentam dormência e germinam logo com as primeiras chuvas.


Cultivo de mudas: Colocar as sementes para germinar logo que colhidas e sem nenhum tratamento em canteiros semi-sombreados contendo substrato organo-arenoso, ou diretamente em recipientes individuais. Cobri-las com uma leve camada de substrato peneirado e irrigar duas vezes ao dia. A emergência ocorre em 5-10 dias e a taxa de germinação geralmente é alta (mais de 80%) para sementes frescas. Transplantar as mudas para canteiros individuais quando atingirem 4-5 cm (3 a 4 semanas após semeadura). O desenvolvimento das plantas no viveiro é bom, sendo relativamente fácil a formação das mudas, e, no campo, o crescimento também é bastante rápido. Também pode ser efetuada a semeadura direta em recipiente ou na cova defInitiva.

Plantio: Por causa da sua rápida germinação e rusticidade, demonstra boas possibilidades de utilização em semeadura direta no campo, mesmo em locais de solos pobres e erodidos de encostas desnudas. Mudas maiores que 1,50 m são dificeis de transplantar. O angico pode ser plantado em plantio puro a pleno sol, embora seja mais aconselhável em plantio misto com espécies nativas da região. A associação com espécies pioneiras de crescimento rápido ajuda a melhorar sua forma e ele pode ser utilizado no tutoramento de espécies nativas secundárias-clímaxes. Outra forma de plantio é em faixas abertas na vegetação existente, para enriquecer capoeiras ou outras formas de vegetação degradada. Por apresentar brotação após corte, o angico pode ser usado em sistemas agroflorestais.

Constituintes químicos e psicodélicos: Já foram identificados tanino (até 32%), bufotemina, ácido cianídrico, DMT e 5-MeO-DMT .

Modo de Usar : As sementes são tostadas, moídas e misturadas com cinzas ou com um pó, á base de conchas queimadas. Ao resultado desta mistura psicodélica, os Indios da Selva de Orinoco, na Colombia e Venezuela deram o nome de Yopo. Possivelmente, este era o mesmo nome dado a esta mistura psicodélica pelos Indios que habitavam a parte sul do Amazonas. O Yopo é inalado, utilizando longos bambus ou tubos, feitos a partir de ossos de pássaros.

17 comentários:

Anônimo disse...

Ola

Gostaria de saber a partir de que tamanho podemos transplantar as mudas para o local definitivo, pois as minhas estao com 20 centimetros e nao sei se ja posso planta-las.

Obrigado

Unknown disse...

eu gostaria d saber qts sementes em media devem ser utilizadas p obtençao do po a ser inalado. sera possivel misturar ao tradicional rapé de tabaco??ha conhecimentos sobre isso?

~/.Na prática a tiuría é oitra... disse...

Fio tostar as sementes no forno e explodiram como pipoca!:(

COLARES, K. Ψ disse...

kkkkk ... lógico que explodem .. ... o cara vc tem que colocar a semente na agua ... quando amolecer retire a casca ... coloque o conteúdo das sementes pra tostar com hidroxido de cálcio e bicarbonado de sódio ... mas coloca pouco cálcio e bicarbonato pra não ficar corrosivo ... depois amassa até produzir um pó fininho ... e inala ...

Marcos disse...

E quantas sementes são necessárias para inalar?

Unknown disse...

O ácido cianídrico Encontrado dentro da semente do angico e extremamente toxico, No grupo dos venenos mais letais já descobertos, o ácido cianídrico é um importante membro. É tão nocivo, que durante a Primeira Guerra Mundial foi utilizado como arma química por ambos os lados conflitantes. Então cuidado a realizar a retirada do DMT dessa semente, o ideal e colocar de molho ate amolecer o tegumento e realizar a tostamento para q esse acido seja eliminado.

Unknown disse...

Poderia dizer qual a proporção de hidróxido e de bicarbonato para 1 kg de semente seca de angico mande pelo zap 21992627223

Unknown disse...

Poderia dizer qual a proporção de hidróxido e de bicarbonato para 1 kg de semente seca de angico mande pelo zap 21992627223

Zero açúcar disse...

Acabei de ver no filme Corumbiara uma cena com o pó de angico. Simplesmente lindo o filme...

Mauricio disse...

Olá, boa noite gostei muito dessa informação, tenho algumas sementes que colhi, um amigo indicou torrar na frigideira depois pilar e disse que estava pronto o rapé eteogeno, gostaria de saber qual a forma segura para extrair somente o DMT da semente e se tem algum tutorial que ensine como extrair de forma segura.

Mauricio disse...

Queria tirar algumas dúvidas, sobre a quantidade de sementes,hidroxido de cálcio e bicarbonado de sódio para extração do DMT.

Unknown disse...

A melhor forma de extrair DMT puro (na forma de cristai) é através da cascas das raízes da jurema preta, das sementes de angico branco nunca vi.. Da uma pesquisada em forun de grupos de dmt!

Unknown disse...

Retire as cascas das sementes e toste ate que fiquem bem secas mas nao pode torrá-las e moa ate que vire um pó fino Adicione 10% de hidróxido de cálcio ao pó da semente e adicione água até que vire uma massa e depois deixe na geladeira por 2 ou 3 hs para ativar o dmt de pois leve ao forno para secar a massa depois moa novamente e estará pronto o rapé yopo.....

Marcos disse...

Eu queria tirar uma duvida. Se eu apenas comer as semntes, não terei o efeito?

Allan Neves विकलांगता सर्वर disse...

Precisaria utilizar imao junto.

Maldonado disse...

Conseguiu a fórmula amigo... pode me ajudar!?
🙏🏻😀👍🏻

Weh disse...

Qual forma de uso, fumando ou inalando?